Vice-Presidente da República, Hamilton Mourão, disse hoje (24) durante reunião remota com representantes da indústria do Amazonas que a reforma tributária não deve atingir a princípio a Zona Franca de Manaus.
“Minha visão, pelo que tenho conversado com o ministro Paulo Guedes é que não haverá um avanço imediato em relação às isenções praticadas na zona franca de Manaus, pelas próprias características do projeto, do que é fornecido a partir daí”. “Eu vejo que existe muita pressão do centro-sul quanto ao setor de bebidas, mas não quanto aos demais setores”, disse Mourão. “Hoje não vejo preocupação. Esse desmame ocorrerá a partir do momento em que outras condições forem colocadas para que a produção no Amazonas se dê de forma sustentada e dentro de um custo aceitável”.
Para Mourão, a Zona Franca poderá se tornar importante para a retomada do crescimento nacional. “Uma coisa que vai acontecer, e temos conversado muito, é que haverá uma certa desglobalização ocorrendo após o domínio do vírus, quando tivermos uma vacina. E o Brasil nessa hora vai ter que se apresentar como um parceiro confiável para receber essas indústrias que vão sair de determinados lugares e vir para perto dos seus grandes compradores”, disse.
Com aproximadamente 600 indústrias de alta tecnologia que juntas geram mais de meio milhão de empregos, diretos e indiretos, principalmente nos segmentos de eletroeletrônicos, duas rodas e químico.
A Zona Franca é uma área de livre comércio que conta com incentivos fiscais especiais com o objetivo de desenvolver um centro industrial forte no norte do país.
“Nosso polo industrial de Manaus é um lugar que pode absorver a chegada de novas indústrias e temos que nos preparar para esse jogo, termos disponibilidade de energia, gente qualificada”, completou o vice-presidente.
Fonte – Agência Brasil