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O que pequenos varejistas precisam saber para se digitalizar

O que pequenos varejistas precisam saber para se digitalizar

Especialistas compartilham dicas para a digitalização de pequenos varejistas com foco na presença e desempenho online. Confira!

Créditos de imagem: pixabay.com

A alta participação do comércio eletrônico no país é um reflexo da transformação digital impulsionada pela pandemia, em todas as esferas sociais. E os números estão aí para comprovar esse avanço e poder de negócios para pequenos varejistas também.

O varejo brasileiro presenciou um crescimento de 57% no fluxo de visitas em lojas físicas, em índice anual acumulado de março/21 a março/22. Os dados são da última edição do IPC (Índices de Performance de Varejo), realizado pela HiPartners com chancela da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC). Paralelamente, o comércio eletrônico faturou R$ 161 bilhões em 2021, de acordo com levantamento da Neotrust — 113,9% a mais que em 2019.

Digitalização na linha de frente dos varejistas

A digitalização pode corresponder à criação de novas lojas nativas digitais, lojas com tradição no mercado físico que expandiram a atuação para o e-commerce ou, até mesmo, uso de tecnologias digitais nos processos organizacionais de lojas que atuam exclusivamente no varejo físico.

Nesse sentido, Jonatan da Costa, CEO da Área Central, companhia especializada em compras conjuntas para empresas, acredita que as tecnologias digitais, alinhadas aos processos físicos, podem gerar mais sucesso aos pequenos varejistas.

“No mercado atual, com mais e mais empresas disputando o mesmo nicho, os empresários precisam encontrar novas formas de pensar e fazer negócios para sobreviver. Uma dessas maneiras é a atuação em conjunto com outros players, de forma associada. O objetivo dessas parcerias que passam pela digitalização é obter vantagens estratégicas e agregar valor aos produtos e serviços comercializados, beneficiando os clientes”, contextualiza Costa.

Como exemplo Costa cita a solução oferecida pela empresa, que integra centrais de negócios. Elas reúnem empreendedores com objetivo de ganhar competitividade e ter mais chance de crescimento, além de acesso a novos mercados por meio da compra conjunta.

Soluções financeiras e a busca pela diminuição de custos para varejistas

O processo de associação em busca de diferenciais competitivos para pequenos lojistas também está presente na atuação do comércio digital. Jaison Goedert, co-fundador e CEO da Magazord Digital Commerce, startup com serviços para e-commerces, acredita que o negócio de pequeno porte pode enfrentar dificuldades quando inicia sua atuação no varejo digital, começando pelo custo em transações financeiras.

“Há diversas taxas operacionais para processamento de pagamentos, a depender de cada método utilizado pelo consumidor final. Contudo, o custo de cada operação varia conforme o volume total de processamentos mensais. Consequentemente, o pequeno lojista não consegue competir no mercado com o mesmo custo operacional que um gigante do varejo”, explica.

Comparativamente, a loja que está ingressando no comércio eletrônico pode ter dificuldades em se destacar como opção de compra do consumidor final, avalia Goedert. De olho nesse desafio, ele explica que a Magazord desenvolveu o próprio gateway de pagamento que, em 2021, processou mais de R$ 530 milhões em Volume Bruto de Mercadoria (GMV). A solução financeira concentra e intermedeia as transações realizadas por mais de 1100 lojas virtuais.

“Com um montante mensal de transações bem expressivo, conseguimos as menores taxas financeiras do mercado. A redução do custo operacional possibilita que os e-commerces criem promoções, liberem cupons especiais e fidelizem seus consumidores”, destaca Goedert.

Importância da presença digital

Atualmente, é fundamental que empresas de todos os portes tenham uma atuação digital ativa e constante. Conforme a pesquisa “Presença Digital” da HostGator, multinacional de hospedagem de sites e provedora de serviços online, feita com cinco mil comerciantes em 2021, quase 60% dos empreendedores passaram a investir no digital. Desses, 64% perceberam aumento nas vendas por esse formato.

O levantamento também apontou que um terço dos negócios declaram manter comércio online e físico. “O consumidor continua buscando informações e conferindo o produto de uma marca na loja online, e, após tomar uma decisão, vai até o espaço físico para concluir a compra e receber a mercadoria. Essa integração do ambiente digital ao físico deve se firmar como um dos principais impactos do pós-pandemia para o varejo”, analisa Ricardo Melo, vice-presidente de marketing da HostGator Américas.

Vale também conhecer os insights apresentados por diversos especialistas e profissionais de varejo durante o Discovery Commerce Summit. Datas sazonais, novos drivers de compras, busca por conveniência, consumo consciente, predominância pelos canais digitais e muitas outras observações de como o consumidor está se relacionando com varejistas de sucesso.

Enfim, seja para o acompanhamento dos novos comportamentos de consumo ou para seguir evoluindo em competitividade e presença de mercado, pequenos e médios varejistas estão seguindo a cartilha da inovação e da digitalização – sem perder o claro humano, característica inerente ao varejo.

Parcerias, integração, apoio tecnológico… Muitos são os caminhos e soluções para o pequeno empreendedor do comércio eletrônico optar visando o incremento do seu negócio. O mais importante é ter em mente que o caminho é um só: para transacionar com o consumido prover boas experiências é fundamental.

 

Fonte: Consumidor Moderno