
Computador de DNA portátil permite detectar poluição da água
Um computador de DNA portátil, espécie de máquina biológica que substitui fios e transístores por filamentos de DNA
O computador portátil, foi desenvolvido por cientistas da Universidade de Northwestern, em Evanston nos EUA, para fornecer aos seus usuários um teste de poluição da água.
Publicada na quinta-feira (17), na revista Nature Chemical Biology, a pesquisa pode estar lançando as bases do que pode vir a ser uma biologia da computação.
Usando de forma simples, rápida e barata, a tecnologia cell-free (que não usa a célula intacta) em um conversor analógico-digital comum (ADC), os pesquisadores criaram um dispositivo de qualidade da água, onde os contaminantes são a entrada do sistema e um sinal visual digital, a saída.
Como funciona na prática o computador digital?
Constituído originalmente por oito pequenos tubos de ensaio, o computador de DNA funciona de uma maneira que beira o trivial: ele brilha em verde quando detecta um contaminante.

O que vai determinar o nível da possível contaminação será o número de tubos que brilham, no qual se apenas um deles brilhar, a contaminação será apenas residual, mas, se todos brilharem, então a água estará gravemente contaminada.
O novo sistema é a continuação de um trabalho iniciado em julho de 2020 pelo líder da pesquisa atual, Julius B. Lucks, chamado ROSALIND que, usando a biologia sintética cell-free, foi capaz de retirar “papilas gustativas” das células e colocá-las em tubos de ensaio para “degustar” 17 contaminantes diferentes em uma única gota de água.
O novo estudo pode ser considerado uma versão ROSALIND 2.0, na qual Lucks e equipe acrescentaram um “cérebro molecular”.
ARTIGO Nature Chemical Biology: DOI: 10.1038/s41589-021-00962-9.
Fonte: Tecmundo